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Identidade de Género - Ideologia ou ciência?

Todos os alunos e professores estão a levar com políticas ideológicas de género que anulam proteções baseadas no sexo ao dar prioridade aos sentimentos em vez da biologia.

Identidade de Género - Ideologia ou ciência?

Todos os alunos e professores estão a levar com políticas ideológicas de género que anulam proteções baseadas no sexo ao dar prioridade aos sentimentos em vez da biologia.

ESCOLA POETA AL BERTO EXPÕE ALUNOS DE 11 ANOS+ A PORNOGRAFIA

Maio 12, 2025

Maria Helena Costa

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Já que a melhor maneira de fazer com que os escravos amem a servidão é tornar a servidão prazerosa, tudo o que falta para tornar o sexo, que é certamente prazeroso, uma forma de controle é tornar o Estado o regulador do sexo, libertando-o nos termos estabelecidos pelo Estado e não pela ordem moral; assim, uma população de escravos irá rapidamente jurar aliança àquilo que vê como fonte e garantidor dos seus prazeres. Ao tomar o controle das vidas sexuais dos seus cidadãos, noutras palavras, o Estado controla os cidadãos a partir do seu ponto mais vulnerável.[1]

Desde que a esquerda decidiu tomar conta a educação sexual das crianças e importar a ideologia de género e impô-las à Escola, as crianças ficaram vulneráveis e  expostas a conteúdos pornográficos sem que os pais tenham conhecimento disso.

Em 2023 escrevi este artigo no qual denunciei uma «exposição promovida pela galeria de “arte” Kunsthalle Lissabon, em Lisboa, que fez uma exposição de Chola Poblet (artista Queer) – PAP ART – 19.04.2023 – 17.06.2023 para crianças entre os 4 [QUATRO] e 11 [ONZE] anos de idade (com o apoio da Junta de Freguesia da Penha de França, da República Portuguesa / DGArtes, Câmara Municipal de Lisboa, Coleção Maria e Armando Cabrale), que apelava à divulgação e captação de participantes – dos 4 aos 11 anos de idade – para as actividades da exposição, que exibia pornografia, mutilação genital, o Che Guevara (ó yes), nudez, muitos pénis erectos, trans (mulheres com vários pénis), e toda a sorte de perversão e mutilação».

Algumas escolas levaram os seus alunos a essa exposição.

Dir-se-á que os pais foram informados e que concordaram, mas a pergunta é: será que os pais imaginam que as escolas estão a levar os seus filhos – tão pequeninos - a exposições de cariz absolutamente pornográfico? D-U-V-I-D-O!

No dia 30 de Abril, deste ano da graça, recebi esta mensagem: «Olá Maria Helena, vou-lhe enviar umas fotos tiradas na Escola Secundária Poeta Al Berto em Sines […] Peço apenas para não me identificar, porque é proibido tirar fotos na escola e poderia pôr em causa a minha filha. A escola tem alunos do 7º ao 12º ano (dos 11/12 aos 18)»

Nem queria acreditar quando comecei a ver as fotos, que passo a descrever:

  1. Uma montra com livros com os seguintes títulos: “Sexo sem tabus”, “Arte Erótica” (41 fotografias a cores 400 fotografias a preto e branco), Linguagem do amor”, “Paixão, amor, sexo”, Amor e sexualidade no Ocidente”, “Fantasias eróticas – segredos das mulheres portuguesas”, e outros.

Chamo a sua atenção para a sinopse do livro “Fantasias eróticas”: «Com coragem e sem vergonha, as mulheres portuguesas despem-se de preconceitos e revelam aqui as suas fantasias sexuais. Da sua relação com o corpo, com o desejo, à forma como sentem prazer. Contam as mil e uma noites da sua adolescência e idade adulta, recordam sonhos e fantasias, cópias da WB, receios e valentias, desaires e ilusões, embaraços e convicções. Sempre na primeira pessoa, sem receios de críticas e julgamentos. Para estas mulheres, o sexo é público ou privado, com um parceiro de longa data ou um simples desconhecido, a três ou por troca de parceiros, ao ar livre, na igreja, lésbico, dominante ou dominador, exibicionista ou voyeur

Ou seja: um livro perfeitamente adequado para crianças de 11/12 anos e para a exposição realizada na escola, num local onde todos os alunos têm de passar, certo? Isto, para não falar das imagens do livro “Arte Erótica”, absolutamente pornográficas, mascaradas com a palavrinha mágica: arte. 

  1. Uma estatueta, que parece uma mão, cujos dedos são pénis, mamas, espermatozoides, bocas, lábios, estatuetas nuas, um quadro de Mapplethorpe, fotógrafo, autor de trabalhos obscenos que documentaram e examinaram a subcultura gay masculina BDSM (Bondage, Disciplina, Sadismo, Masoquismo) da cidade de Nova Iorque no fim da década de 1960 e início da década de 1970, outro quadro de Helmut Newton, fotógrafo de moda, conhecido pelos seus estudos de nus femininos e por ter criado um estilo muito particular de fotografia, marcado pelo erotismo, frequentemente com alusões sado-masoquistas e fetichistas.

Ou seja: obras de fotógrafos de referência para qualquer aluno de 11/12 anos. Imagina o que essas crianças vão encontrar, caso pesquisem os autores das “obras de arte” (PARA ADULTOS) que viram na exposição promovida pela escola?

  1. Um quadro a apelar à erotização precoce das crianças, com dois homens, duas mulheres e um homem e uma mulher a beijarem-se na boca, com a frase: “Todos diferentes. Todos iguais.”

Qual é a necessidade de convencer os miúdos de que coisas diferentes são iguais e de sexualizar e erotizar os miúdos tão cedo? É esse o papel das escolas? É para isso que os pais mandam os filhos para a escola?

  1. Métodos anti-concepcionais, no caso perservativos e a explicação gráfica de como se colocam.

Afinal, depois de aliciar os alunos a experimentarem tudo e mais alguma coisa, convém que as meninas não engravidem e que ninguém contraia uma doença venérea. Mas, cuidado, os preservativos não impedem o contágio de certas doenças sexualmente transmissíveis e o número de DSts não pára de aumentar.

  1. A frase “Outra coisa é outra coisa” destaca-se sobre duas imagens: uma bolacha de gengibre, que é usada para incutir nos miúdos o conceito ideológico de uma suposta “identidade de género” e uma folha de papel que pretende explicar a ideologia, como se de ciência se tratasse e, claro, mais uns beijos “molhados” entre pessoas do mesmo sexo e de sexos diferentes.

A bolacha de gengibre foi capturada para um panfleto, criado pelo grupo Trans Student Educational Resources [Recursos Educacionais para Estudantes Trans] (TSER), que pretende redefinir o que são os seres humanos, empregando eufemismos e frases puramente ideológicas. Da cabeça da bolacha emerge um balão de pensamento com um arco-íris que, segundo é dito, representa a identidade de género, embora esta seja definida, em geral, como qualquer género com o qual uma pessoa identifique. A bolacha tem dois corações que pretendem representar as várias atracções emocionais por homens, mulheres ou «outros géneros». Na zona das virilhas da bolacha há uma dupla hélice de uma cadeia de ADN, que representa o «sexo atribuído à nascença», que, de acordo com o documento, pode ser masculino, feminino ou «outro», intersexo.

Ora, aceitar a ideia de que o «género» não tem nada que ver com o sexo e com o próprio corpo, é negar a realidade física. Acreditar que podemos ter um «género» totalmente independente do sexo, dos nossos marcadores biológicos, é considerar que o nosso corpo não passa de um acessório que podemos cortar e coser conforme os nossos humores. Como escreveu Jean-François Braunstein:

É por causa desta afirmação da independência relativamente ao corpo que se apresentam os estranhos problemas a que a teoria de género, quando levada ao extremo, conduz uma boa quantidade dos nossos contemporâneos. É preciso ver, evidentemente, que este mundo do «género», em que as pessoas se identificam independentemente da realidade corporal, é um mundo ilusório ou, antes, se quisermos ser menos negativos, um mundo imaginário.[2]  

Passado o choque, decidi denunciar o conteúdo da exposição publicando as fotografias e um vídeo a alertar os pais. Entretanto, em resposta à denúncia, soube que foi a directora da escola e a equipa de professores da disciplina de Cidadania que "coordenaram" a "exposição", que o professor F. A. organizou e montou tudo e que isto se repete há cinco ou seis anos.

Recebi também denúncias de pais, que acusam a direcção da escola de nunca lhes ter comunicado a realização deste tipo de exposições, que confessam que mesmo que soubessem, e à semelhança do que disse a mãe que me enviou as fotos, talvez não dissessem nada por recearem que os filhos sofressem algum tipo de represália.  Disseram ainda que quando questionaram os filhos estes responderam que tiveram receio/vergonha de descrever a exposição.

Termino, perguntando à directora e aos docentes da Escola Poeta Al Berto:

Acreditam mesmo na mentira que andam a promover, sobre uma suposta "identidade de género", e que plasmaram num dos cartazes com a habitual lenga-lenga da teoria da construção social?

Vão continuar a fazer activismo lgbt+, ignorando estudos realmente científicos como, por exemplo, o Cass Report, e notícias que nos chegam de vários países que decidiram travar o avanço desta ideologia nefasta?

E aos pais:

Até quando permitirão que os vossos filhos sejam confundidos por ideologias políticas, promovidas por adultos pervertidos?

NOTA: De acordo com este artigo publicado pela Visão, «o travão a fundo na chamada terapia de afirmação de género preconizada pela WPATH (World ProfessionalAssociation for Transgender Health), entretanto envolvida em vários escândalos, está a ser colocado em causa em múltiplos países. O Brasil é o exemplo mais recente com o Conselho Federal de Medicina a proibir, na passada sexta-feira, os bloqueadores hormonais para menores em questionamento identitário, bem como o aumento da idade mínima de 18 para 21anos para a realização das cirurgias de mudança de sexo. Mas já outros se tinham antecipado com diversas medidas como a Suécia, Dinamarca, França, Reino Unido, nestes casos depois de terem surgido dúvidas sobre a falta de dados a longo prazo para a melhoria na saúde mental destes jovens na sequência do uso de terapias hormonais. Na Argentina a decisão foi anunciada já este ano, duas semanas depois do presidente Javier Milei ter feito um discurso onde ligou a "ideologia de género" à pedofilia. Nos Estados Unidos, cumprindo uma promessa eleitoral de Donald Trump, todas as terapias de transição para menores perderam financiamento federal.» 

 

 

[1] E. Michael Jones, Libido Dominandi – Libertação sexual e controle político, Vide Editorial (2019), pág. 415.

[2]   Jean-François Braunstein, A Religião Woke, GUERRA E PAZ, EDITORES, LDA., pág. 83

A ESCOLA ESTATAL E AS CONSULTAS ANÓNIMAS PARA CRIANÇAS DE 12 ANOS

Maio 12, 2025

Maria Helena Costa

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Na quarta-feira, recebi um e-mail a denunciar o envio do Programa Cuida-te para as direcções escolares. Este é o teor do e-mail que chegou às escolas:

«Ex.mo/a Senhor/a Diretor/a
Todos os jovens em Portugal, entre os 12 e os 30 anos podem, agora, com o Programa «Cuida-te», aceder on-line ou presencialmente a consultas gratuitas de aconselhamento e acompanhamento psicológico, nas áreas da saúde mental e bem-estar emocional, corpo e actividade física, alimentação, sexualidade e comportamentos aditivos.

Marcação de consultas
Contactos dos Gabinetes de Saúde Juvenil

Para que mais jovens possam ter a oportunidade de aceder a cuidados de saúde juvenil, o seu apoio na divulgação é fundamental. Ajude-nos a passar a mensagem, através das redes sociais, newsletters, sites e mailing lists.
Se não conseguir aceder aos conteúdos que disponibilizamos, ou necessitar de outros formatos, reenviaremos de imediato.
Conteúdos: https://www.swisstransfer.com/d/101f1e4a-c1c6-4dbb-9c8e-95977544cb5e
Solicita-se a sua colaboração para o encaminhamento para:

- Associação de Estudantes
- Coordenadores de Departamento
- Mediador/a Social
- Psicólogo/a»

E para os pais dos alunos? Não se envia?

O Programa Cuida-te +, criado em 2019 (quando a geringonça estava no poder) através da Portaria n.º 258/2019, de 19 de Agosto, três dias depois do Despacho n.º 7247/2019 (Yo no creo en brujas, pero que las hay, las hay!) e regulamentado pela Portaria n.º 235/2024/1, de 26 de Setembro de 2024, tem como «objetivo ir ao encontro da acessibilidade e operacionalidade dos mecanismos de promoção, prevenção e aconselhamento no âmbito da saúde juvenil, constituindo-se uma resposta qualificada, confidencial e gratuita, dirigida às necessidades de pessoas jovens dos 12 aos 25 anos.», «visa a promoção da saúde juvenil nas vertentes da saúde mental e bem-estar emocional, da sexualidade, do corpo e atividade física, dos comportamentos aditivos e da alimentação.», a sua gestão «cabe ao Instituto Português do Desporto e Juventude, I. P.», foca-se na Categoria B: jovens (12-30 anos), tem um folheto com linguagem neutra e, como não podia deixar de ser, conta com a participação da Associação lgbt+ PLANOi.

Sim. Foi o uso de linguagem neutra, a presença de uma associação lgbt+ e o termo “consultas anónimas” que fizeram disparar o alarme.

Antes que o leitor me acuse de «estar a ver chifres em cabeça de cavalo», quero chamar a sua atenção para o facto de que os pais não podem ser ignorados em algo tão sensível como a saúde dos seus filhos.

Se é verdade que a Portaria menciona a palavra «Famílias» meia dúzia de vezes, o folheto refere que as «Consultas [são] gratuitas e ANÓNIMAS». Ora, sabendo eu que já há polícia à porta, para não deixar entrar um pai numa consulta, num hospital público, onde a filha foi diagnosticada como transgénero em 10 minutos, isto cheira-me a esturro.

E, o facto de saber que o sistema de ensino é uma das ferramentas mais úteis na busca pelo poder,  que a educação pode ser usada como instrumento de mudança social, que quem controla a Escola governa o Mundo, que a indústria farmacêutica - as empresas que fabricam bloqueadores da puberdade e hormonas sintéticas de sexo cruzado e os prestadores de serviços médicos, que oferecem serviços cirúrgicos - tem muito dinheiro a ganhar com as tendências actuais, e que isso não acontecerá sem clientes, traz-me à memória o que aconteceu em algumas escolas, na Califórnia:

«Em Janeiro de 2019, a ala política da Associação de Professores da Califórnia reuniu-se para decidir sobre uma série de assuntos, incluindo o Item de Novos Assuntos #6/19-12, que era uma proposta para permitir que estudantes menores, trans-identificados, deixassem o espaço escolar para obter hormonas sem a autorização dos pais.

Os delegados aprovaram a medida. Um ano mais tarde, o Sub-comité dos Direitos Civis na Educação da CTA [Associação de professores da Califórnia] foi ao ponto de avançar para a criação de «clínicas de cuidados de saúde nas escolas» que proporcionariam a «jovens cisgénero, transgénero e não-binários acesso igual e confidencial a uma vasta gama de serviços físicos, mentais e comportamentais»[1].

Ou seja: a «consultas gratuitas de aconselhamento e acompanhamento psicológico, nas áreas da saúde mental e bem-estar emocional, corpo e actividade física, alimentação, sexualidade e comportamentos aditivos.»

Teorias da conspiração? Ou um mero olhar para o que se passou onde tudo começou e a simples dedução lógica de que Portugal está a seguir o mesmo caminho?

Hoje, neste cantinho à beira-mar plantado, a partir dos 3 anos, os alunos são constantemente expostos à bandeira lgbt+, aprendem que o sexo biológico e o género estão muitas vezes separados; que um não tem qualquer ligação essencial com o outro. Que há algumas pessoas cuja identidade de género se alinha perfeitamente com o sexo “que lhes foi atribuído à nascença”, que são «cisgénero», que significa «deste lado do género», cunhado para ser a definição oposta a «transgénero», que significa «do outro lado do género». Perante um buffet de identidades de género por onde escolher, é difícil imaginar que cada um deles não se sinta, pelo menos, um pouco de alguma cor da bandeira colorida. As raparigas que gostam de matemática, de desporto, ou que são lógicas; os rapazes que cantam, representam ou gostam de desenhar são todos «não conformes ao género». Podem ter aparecido na escola como «uma rapariga que se destaca a matemática» ou «um rapaz com talento vocal», mas saem rebaptizados como «uma pessoa cujos comportamentos ou expressão de género não se enquadram no que é geralmente considerado típico para o sexo que lhe foi atribuído à nascença»[2].

Em muitas escolas, os estudantes que lutam com a sua identidade sexual são encorajados a aderir a Associações como a PLANOi, para que possam ser afirmados na sua auto-determinação de género.

O poder político não pode continuar a usurpar os direitos dos pais, para fazer avançar as políticas identitárias. A escola não existe para facilitar o acesso de “prestadores de serviços de saúde“ aos alunos. Os alunos não podem continuar a ser incentivados a esconder o que quer que seja dos pais.

São os pais, não a Escola, que marcam consultas e acompanham os seus filhos menores ao médico e ao psicólogo.

 

[1] Abigail Shrier, “Las escuelas,” in Un Daño Irreversible: La locura transgénero que seduce a nuestras hijas, p. 101. (www,planetadelibros.com)

[2] Abigail Shrier, “Las escuelas,” in Un Daño Irreversible: La locura transgénero que seduce a nuestras hijas, p. 105-106. (www,planetadelibros.com)

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