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Identidade de Género - Ideologia ou ciência?

Todos os alunos e professores estão a levar com políticas ideológicas de género que anulam proteções baseadas no sexo ao dar prioridade aos sentimentos em vez da biologia.

Identidade de Género - Ideologia ou ciência?

Todos os alunos e professores estão a levar com políticas ideológicas de género que anulam proteções baseadas no sexo ao dar prioridade aos sentimentos em vez da biologia.

O MITO DA NEUTRALIDADE NA EDUCAÇÃO

Junho 11, 2025

Maria Helena Costa

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Artigo publicado no Observador 

«Vou destronar Deus e o capitalismo. [...] Para o advento do socialismo será preciso exterminar povos e nações.»[1]

Após o 25 de Abril, os sucessivos governos, mais ou menos socialistas, arrogaram para si mesmos o direito de educar os filhos dos cidadãos e, em nome de uma suposta laicidade, expulsaram o Deus dos cristãos da Escola estatal e substituíram a religião cristã pela religião ateísta/marxista.

Claro que nada disso seria possível sem a máquina de propaganda socialista que convenceu até os que se dizem cristãos de que a educação escolar pode ser neutra. Essa mentira - criada no inferno e adorada pela cultura moderna - tem levado muitos pais cristãos a optar pela omissão - para não serem considerados retrógrados, fanáticos religiosos, qualquer-coisa-fóbicos, etc. - e a entregarem os seus filhos a catequizadores fiéis ao mesmo império que crucificou nosso Senhor Jesus Cristo e, claro, odeia o cristianismo.

Os progressistas fazem questão de esclarecer que a educação é sobre factos, não sobre fé; que as escolas ensinam a ler, a escrever e a contar, não moralidade, identidade ou adoração; mas creio que muitos de nós já perceberam que isso é um mito. É uma espada travestida de diploma, que visa matar o futuro da igreja, uma criança de cada vez.

NÃO HÁ NEUTRALIDADE

A educação nunca é neutra. Cada sala de aula tem uma liturgia. Todos os manuais escolares fazem afirmações que os seus autores consideram verdadeiras. Todos os professores, conscientes ou não, estão a formar almas à imagem de um senhor.

Como Jesus disse: «Quem não está comigo está contra mim» (Mateus 12:30). Estas palavras deveriam ser suficientes para demolir a ilusão de uma suposta neutralidade espiritual. Não existe uma Suíça espiritual - apenas um terreno disputado cujo campo de batalha é a mente dos nossos filhos.

Até as disciplinas que consideramos “seguras” - matemática, ciências, gramática - estão repletas de suposições sobre ordem, propósito, verdade e significado. Numa sala de aula onde Cristo não é honrado como Senhor essas matérias são subtilmente reformuladas, para servir o deus de quem as leciona, e até a matemática passou a ser racista! Os absolutos permanecem, mas são esvaziados, despojados de transcendência e armados para a rebelião.

Cada sala de aula é uma catedral da verdade ou um templo da mentira. Cada lição é um sermão. Cada escola é um santuário – para Cristo ou para César.

A EDUCAÇÃO ESTÁ A UBSTITUIR O CULTO

Mais do que informar, a educação forma. Ela não molda apenas a forma como os nossos filhos pensam, mas também o que eles amam, odeiam e temem. A educação treinas as suas consciências, molda os seus anseios e constrói um altar nas suas almas. Um altar onde o deus que lhes é pregado se sentará.

É por isso que Deus diz tão clara e vigorosamente: «Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças. E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te. Também as atarás por sinal na tua mão, e te serão por frontais entre os teus olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas.» (Deuteronómio 6:5-9)

Na Palavra de Deus não há lugar para a terceirização da educação dos nossos filhos. Não há permissões para o governo tomar o nosso lugar. Não há neutralidade em termos de fé. Os pais não são chamados a aprovar a educação ministrada por outros - são chamados a educar, para serem os teólogos à mesa de jantar e os instrutores em todo o tempo, para saturarem as suas casas com o conhecimento do Sagrado.

A educação não é opcional. É uma ordem divina. Quando a entregamos ao Estado, não falhamos, PERDEMOS.

Isto não é novo. No século passado, a comunista, feminista, Alessandra Kollontai, escreveu: «O homem novo, da nossa nova sociedade, será moldado pelas organizações socialistas, creches, infantários, escolas, residências universitárias e muitas outras instituições deste tipo, nas quais a criança passará a maior parte do dia e onde educadores inteligentes a converterão num comunista consciente da magnitude desta divisa inviolável: solidariedade, camaradagem, ajuda mútua e devoção à vida colectiva.[2] […] Ainda teremos de lidar com o problema dos filhos. Porém, no que se refere a essa questão, o Estado […] lançar-se-á em auxílio da família, SUBSTITUINDO-A, gradualmente: a sociedade [o Estado] tomará conta de todas aquelas obrigações que antes recaíam sobre os pais.[3] […] Desde agora, a mãe operária que tenha plena consciência da sua função social, elevar-se-á ao extremo que chegará a não estabelecer diferenças [como] "os teus e os meus"; terá que recordar sempre que de agora em diante não haverá mais "nossos" filhos, mas sim os [filhos] do Estado Comunista, um bem comum a todos os trabalhadores.[4]

E, antes que me acusem de estar a citar uma feminista do século passado, permita-me citar o Dr. Jorge Sarmento de Morais, chefe de gabinete do ex-ministro da Educação, Dr. João Costa, que, na assembleia da Câmara Municipal de Lisboa de 2 de Novembro de 2023, disse: «O papel das escolas é retirar as crianças à família para as fazer crescer em comunidade.»

É isso que os sucessivos governos – mais vermelhos, rosa ou laranja - têm vindo a fazer. O Estado sabe que se conseguir expropriar os pais da educação dos seus filhos, para os moldar, governará o futuro deles. O objectivo da Escola não é ensinar os alunos a pensar, mas sim o que pensar.

As escolas estatais não são meramente seculares - são sacramentais. Elas baptizam os nossos filhos nas águas do hedonismo, do individualismo, da rebelião, da revolução sexual, do relativismo moral e do estatismo e treinam os nossos filhos para desprezarem a masculinidade e as nossas filhas para desprezarem a feminilidade e a maternidade. A Escola estatal não se limita a ignorar Cristo. Substitui-O.

A COVARDIA DA IGREJA

Quem governa a Escola controla o mundo. O Estado compreende o poder da educação e tem sido muito mais diligente na formação de discípulos do que muitos pais cristãos.

Quantos pais cristãos mandariam os seus filhos para uma mesquita cinco dias por semana? Creio que nenhum. Mas, mandam-nos para escolas públicas que pregam um evangelho igualmente condenável - e encolhem os ombros.

Sabem que o sistema está podre. Sabem o que está a ser ensinado. Sabem das drag queens, das exposições e dos manuais pornográficos, da confusão sexual (de géneros), da diabolização da fé cristã - e, no entanto, por uma questão de conveniência, tradição ou custo, continuam a oferecer os seus filhos no altar do sacrifício.

Isso não é apenas falta de compromisso. É uma traição à ordem de Deus expressa em Deuteronómio 6:5-9.

Não se pode catequizar os filhos duas horas por semana e esperar que eles resistam a cinquenta horas de desconstrução da fé cristã. Não estamos a perder os nossos filhos porque o mundo é demasiado forte. Estamos a perdê-los porque os nossos lares são demasiado fracos.

CRISTO É SENHOR

Se Cristo não é Senhor de tudo e de todos, não é Senhor de nada. Isso inclui a sala de aula. Como Paulo declarou: «Ele é antes de todas as coisas, e n'Ele todas as coisas subsistem». (Colossenses 1:17)

Jesus Cristo não é apenas Senhor sobre o púlpito - Ele é Senhor sobre a tabela periódica, a matemática, a história, a literatura e a biologia. Sobre o quadro negro, sobre o quadro branco e sobre todas as escolas.

Abraham Kuyper disse-o assim: «Não há um centímetro quadrado em todo o domínio da nossa existência humana sobre o qual Cristo, que é Soberano sobre tudo, não grite: ‘Meu!’».

Cada ser humano pertence-Lhe, cada alma foi criada por Ele, e todas as escolas que se recusam a honrá-Lo estão a honrar outro senhor.

NÃO É OPCIONAL

Pais, não estão a decidir apenas onde é que os vossos filhos vão ter aulas. Estão a decidir a que reino é que eles vão pertencer. Estão a escolher a liturgia que vai formar os seus amores, a cultura que vai moldar as suas convicções e o evangelho que vai exigir a lealdade deles. Se os enviardes a César, não vos surpreendais quando regressarem romanos, a curvarem-se diante dos ídolos e a escarnecerem do Deus que dizeis servir.

E um dia - talvez mais cedo do que pensais - respondereis perante o Senhor se criastes os vossos filhos na educação e admoestação do Senhor... ou na propaganda e veneno do Faraó. O que está em jogo é eterno.

Não é “apenas um currículo”. O que está em causa é Cristo. Não se trata de tirar boas notas a matemática. Trata-se de mestres. Não se trata da qualidade dos académicos. Trata-se de lealdade.

Não há terreno neutro. Não há um caminho do meio. Não há segurança secular.

Recentemente, soube que o Ministério da Educação – Direção-Geral da Educação pretende introduzir o Referencial de Educação para a Ética e Integridade na Educação no Pré-Escolar, Ensino Básico e Ensino Secundário. Ao analisar o Referencial, logo na página 5, li: «a Escola é, possivelmente, o primeiro contacto que as crianças têm com regras, processos e estruturas organizacionais».

Imediatamente pensei: E o papel da família? Qual é o papel da família na educação dos seus filhos?  Quando é que a Família deixou de ser a célula base da sociedade, a comunidade privilegiada para a garantia da liberdade, da segurança e da fraternidade, onde cada criança deverá encontrar o ambiente de amor propício para crescer e formar-se na sua personalidade?

É na família, e não no Estado, que se inicia a vida em sociedade! Porque é que os sucessivos governos – sobretudo por meio do domínio que exercem sobre a educação escolar – desconfiam das famílias e legislam no sentido de mandar nelas e na educação familiar dos seus filhos, em vez de as respeitar, proteger e promover?

O sistema educativo escolar não tem a função de suplantar ou substituir a Família, norteado por princípios ideológicos inscritos em leis de maiorias parlamentares. A Escola deve respeitar a autonomia natural de todas e cada uma das famílias.

ESCOLHEI

Escolhei a coragem em vez do conforto. A convicção em vez da conveniência. O Reino em vez da cultura woke. Catequizai os vossos filhos ou o mundo fá-lo-á. Treinai-os para serem fiéis a Jesus Cristo ou serão treinados para O trair. Criai-os para Cristo ou vede-os cair nas mãos de César.

A neutralidade é uma mentira. Educar é uma guerra. E vosso lar é a linha da frente.

Cristo ou César. Têm de escolher. E têm de escolher agora.

 

 

[1] Engels e Marx, Janeiro de 1849, jornal Nova Gazeta Renana, de Karl Marx.
[2] Aleksandra Mijaylovna Kollontay, feminista soviética e comunista. Livro: O Comunismo e a Família, 1921
[3] Aleksandra Mijaylovna Kollontay, feminista soviética e comunista. Livro: O Comunismo e a Família, 1921
[4] https://www.marxists.org/portugues/kollontai/1920/mes/com_fam.htm

O PAI DA TRANSIÇÃO SOCIAL DE MENORES (SEM O CONSENTIMENTO DOS PAIS) NAS ESCOLAS

Junho 11, 2025

Maria Helena Costa

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Por Marisa Antunes

Detesto hipocrisia de qualquer espécie, mas quando esta vem travestida de muito "amor", arco-iris, "diversidade" e "inclusão" para visar as crianças dos outros, fico mesmo nauseada... Esta pessoa que conseguiu o seu passaporte para as altas instâncias comunitárias graças a um "manual de orientação" - que contou com nove entidades LGBT - onde promove a transição social de menores SEM o consentimento dos Pais, continua a fazer campanha para que a decisão de retirada do dito manual seja revertida...

O manual "Direito a Ser nas Escolas" é um instrumento de doutrinação ideológica, um aborto inconstitucional perante uma lei, a da autodeteminação de género nas Escolas que, recordo, foi vetada pelo Marcelo Rebelo de Sousa.


João Costa, à revelia do veto, e com a ajuda da Comissão para a Igualdade de Género e das tais nove entidades LGBTQ, de forma abusiva e sem respeito pelo veto presidencial, implementou nas escolas, o que a lei proibia. De forma autoritária e insensível.
Há jovens que estão a fazer a transição social nas escolas, numa mega-ação coletiva perpetrada por professores, auxiliares, psicólogos escolares e, claro, os próprios colegas. Qual é a criança em questionamento identitário, no atual contexto ideológico, que inesperadamente recebe este "banho" de afirmação e que pensa duas vezes em seguir em frente com a sua ideia de fazer a transição? Pois.. Mas está tudo doido?
Será que esta pessoa tem conhecimento dos estudos que existem sobre as taxas de suicídio que estão efetivamente associadas a quem acaba por fazer uma transição de sexo?


Não tem empatia por estes pobres desgraçados miúdos enrolados nesta ilusão alimentada por toda a escola? Seria interessante ter uma conversa com os pobres pais do movimento Juventude em desTransição...


A transição social é um processo que deve ser feito após diagnóstico profissional e em contexto adequado, razão pela qual "manuais" deste género, nunca foram colocados em prática em outros países ou naqueles que foram, acabaram por ser altamente contestados como aconteceu em vários Estados americanos. Até quando esta pessoa vai continuar a estrebuchar por algo que a maioria parlamentar votou e a esmagadora maioria dos Pais deseja que seja implementada já a partir do próximo ano letivo?

OS PAIS: A DOR MASCARADA EM SORRISOS DE “AFIRMAÇÃO”

Junho 07, 2025

Maria Helena Costa

Por Marisa Antunes

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A medicina de género, a forma como está a ser praticada por auto-diagnóstico dos jovens pacientes nos nossos hospitais e clínicas privadas (e que a lei aprovada pela Esquerda de Costa, em 2018, apelidou de autodeterminação de género), é um crime. E não é normal que esta continue a ser praticada numa base diária como continua a ser.
Governantes de todo o mundo já reconheceram que pactuar com a mentira dos ideólogos de género é manchar para sempre o seu currículo político, daí assistirmos a uma mudança de posição nesta matéria até em gente de Esquerda como Lula ou Starmer que tiveram coragem de fazer reformas de forma a alinharem-se, novamente, com a ciência.
Os portugueses irão exigir semelhante postura a Montenegro. Não tenhamos dúvidas. Perceber o fenómeno ideológico é urgente e terá de se rodear de pessoas decentes e isentas no ministério da Saúde com capacidade e sensibilidade para colocar ordem no que o PS já semeou no SNS através de uma rede de médicos e psicólogos transativistas. Até porque as raízes já estão bem firmes…

Recebo muitas mensagens públicas e privadas de vários tipos de pessoas. Algumas estão envolvidas direta ou indiretamente no drama, sejam pais, professores ou profissionais de saúde. Outras são apenas de pais que tendo os seus filhos a salvo do culto trans, assistem, espantados, a estas mudanças súbitas em colegas dos seus filhos, alguns já de longa data. É recorrente dizerem-me que se espantam com a forma como os pais desses miúdos “aceitam” aparentemente bem esta inesperada “autodeterminação” dos seus filhos que mudaram de forma tão radical de um momento para o outro. Pois, mas não é bem assim…


Este texto que incluo aqui hoje representa bem como ocorre esse processo de aceitação instantânea ao mesmo ritmo instantâneo da autodeteminação dos miúdos. “Influencers” e aqui leia-se também escolas, psiquiatras e psicólogos “afirmativos”, transmitem aos miúdos que a sua autodeterminação é absolutamente válida em qualquer circunstância. As patologias eventualmente associadas a este estado de espírito disfórico (como por ex, depressão, autismo, ADHD, dismorfia corporal, PCOS, homofobia internalizada, traumas sexuais, etc) são absolutamente ignoradas. Pais que não aceitem o diagnóstico devem ser “castigados” pela sua suposta “transfobia”. Isso inclui comportamentos auto-lesivos por parte dos jovens ainda dependentes financeiramente dos seus progenitores ou o corte radical de relações com os mesmos quando os jovens já são maiores e independentes financeiramente. Os pais apanhados nessa ratoeira ideológica plantada no cérebro dos miúdos tomam a decisão mais difícil e distópica das suas vidas. Quer alinhem ou não com a charada que coloca tudo em jogo.

Vale mesmo a pena ler a partilha desta jovem detrans na plataforma da Genspect, organização que alerta para o fenómeno de contágio social trans.

Porque é que se pode modificar cirurgicamente o corpo, que é assim, fixo, e...

Junho 06, 2025

Maria Helena Costa

Patrick Mitchell journeyed to become a girl, until he changed his mind - NZ  Herald

Após vários estudos científicos, que afastaram a ideia de que alguém possa ter nascido no corpo errado, a academia decidiu que o género, afinal, é diferente do sexo. Assim, o sexo, como afirma a biologia, é determinado pela natureza, mas o género é auto-determinado, e se é auto-determinado eu posso dizer que sou aquilo que eu quiser/sentir — a minha identidade passa a ser o que eu sinto no momento.
A contradição é evidente:
- Antes, a biologia era o fundamento para se falar de práticas sexuais irrestritas. Agora, não já não serve porque não ajuda na argumentação (ver estudos de gémeos univitelinos). Então, é preciso apelar para algo subjectivo e não biológico «todo o meu ser me diz que eu sou…».
Afinal, de acordo com a biologia, não é só o órgão sexual que diz quem nós somos. Cada célula do nosso corpo diz se somos XX (fêmea) ou XY (macho) e quais são os gametas que temos (gametas são o espermatozoide (masculino) e o óvulo (feminino). E se até pode haver  anomalias cromossómicas que levam a indivíduos com cromossomas sexuais diferentes do esperado, isso não acontece com os gametas.
Todo o nosso ser nos diz o que somos biologicamente. É preciso usar outro argumento.

Onde é que está a contradição?
A subjectividade do género tem sido fundamento para falar de coisas tão assustadoras como, por ex., mudar cirurgicamente o corpo de uma criança, a partir dos 6 anos de idade, para combinar com o seu senso de identidade.
Infelizmente, muitos acham que é lícito que os pais submetam os seus filhos a uma mudança de sexo para que estes se conformem àquilo que já sentem, para parecerem ser do género que autodeterminam ser.

Mas, e aqui está a contradição, mudar o senso de identidade para combinar com o corpo e com as suas características biológicas, É PRECONCEITO.
Se um psicólogo tentar tratar uma pessoa no sentido de que aquilo que ela sente combine com a sua biologia, é preconceito, não se pode fazer.
Ou seja: mudar o sexo para combinar com o género, PODE e é RECOMENDÁVEL, mas mudar o género para combinar com seu corpo e com o seu sexo, biologicamente determinados, É PRECONCEITO. NÃO PODE!

A pergunta é: Se é errado tentar mudar a identidade de género de uma criança ou adolescente - porque esta é fixa e mexer com ela é danoso- porque é que é moralmente aceitável alterar algo tão fixo e estabelecido como o corpo biológico?
É UMA CONTRADIÇÃO.
Dizer que não se pode mudar o género, pois isso é preconceito, porque a pessoa é/sente-se assim… Mas, e o corpo? Não é assim? Porque é que se pode modificar cirurgicamente o corpo, que é assim, fixo, e não se pode mudar o género, que é fluído e pode mudar de acordo com o sentimento de cada um?

Conheça Patrick Mitchell, o adolescente submetido a mudança de sexo que se arrependeu passados 2 anos.

O PS legalizou a exibição de pornografia para menores de idade?

Junho 06, 2025

Maria Helena Costa

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Hoje, soube que fui notícia no CM Jornal devido a um vídeo que fiz e partilhei.

  • O CM diz, no título, que eu sou o CHEGA!?
  • Sobre o ataque pessoal que me faz, é para o lado que durmo melhor, pois nada mais é do que perseguição política e tenho a minha consciência muito tranquila.
  • Depois, informa que o PS/a maioria de esquerda, em 2019, decidiu que crianças de 6 anos podem ser levadas a qualquer tipo de espectáculos (incluindo o que eu denunciei e que o CM parece defender) DESDE QUE SEJAM MUSICAIS 🤔
  • MAS, pasme-se, apesar de “ser tudo legal” e “automático”, não deixa de ser curioso ver a Fundação de Serralves a fugir com o rabo à 💉.
  • E, a cereja no topo do bolo, o CM partilha o meu vídeo, chegando assim a muitas mais pessoas do que eu alguma vez chegaria.
  • Espero que os pais vejam e rejeitem que estes espectáculos, absolutamente decadentes e pornográficos, possam ser exibidos aos seus filhos a partir dos 6 anos.

Veja o vídeo AQUI

Ordem dos Psicólogos veta a palavra “mulher”

Junho 06, 2025

Maria Helena Costa

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No LinkedIn da Ordem dos Psicólogos Portugueses, pode ler-se:

📅 A Ordem dos Psicólogos Portugueses lançou esta quarta-feira, Dia Internacional da Dignidade Menstrual, três documentos sobre “Saúde Menstrual”. São recursos que pretendem apoiar a prática profissional e alertar para esta que é uma questão de Saúde (Física e Psicológica), igualdade de género, dignidade e direitos humanos.

✔Ter Saúde Menstrual implica sentirmo-nos bem connosco e podermos gerir o ciclo menstrual de forma confortável e segura, sem dificuldades, vergonha ou discriminação.

🔗Aceda a estes documentos no site da OPP em https://lnkd.in/dDiy3Ec3.

👥Estes documentos contam com o contributo da psicóloga Vânia Beliz (CP 10332)
hashtag#dignidademenstrual

Resumindo:

Vânia Beliz, uma psicóloga transativista, coordenou o documento da OPP sobre “Dignidade Menstrual” e, pasme-se, os autores dos documentos
conseguiram omitir a palavra MULHER em todas as seis estatísticas que abrem o dito manual, substituindo-a por “Pessoas que menstruam”.

Será que quem não menstrua não é pessoa?
Uma vez que só as mulheres menstruam, o que se pretende ao apagar a palavra “mulher”?

Nem imagino como é que, ao longo dos milénios, as mulheres geriram o seu “ciclo menstrual de forma confortável e segura, sem dificuldades, vergonha ou discriminação”… Acho que, além de estarmos a ser apagadas, estamos a ser infantilizadas e tratadas como ignorantes num assunto com o qual lidamos desde que a primeira mulher foi criada.

As escolas públicas estão a sexualizar, a perverter e a confundir as crianças

Junho 05, 2025

Maria Helena Costa

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Publicado no Observador

A sexualização, a perversão e a confusão das crianças avançam em todas as frentes em Portugal. Dia sim, dia sim, há notícias desse facto.

Simplificando o título desta crónica: as escolas públicas estão a impor às crianças o dogma politicamente correcto de uma suposta “identidade de género” com o propósito de normalizar práticas sexuais aberrantes e de abandonar a moral. E está a funcionar.

Hoje, na escola dos seus filhos, as meninas podem estar na casa-de-banho, a mudar de roupa para as aulas de educação física ou a tomar banho nos balneários, e um rapaz pode entrar, passear-se por ali, olhá-las, avaliá-las, babar-se, despir-se e tomar banho com elas, desde que afirme ser/sentir-se uma rapariga.

E, não pense que para se afirmar do outro sexo o rapaz tem de estar em processo de “mudança de sexo”, pois isso não é verdade, uma vez que o facto de ele se sentir rapariga não o obriga a tomar hormonas do outro sexo nem a amputar o pénis, apenas transforma o seu órgão sexual num “pénis biologicamente feminino” que pode ser usado para se relacionar sexualmente com meninas ou com rapazes uma vez que além de trans ele também pode ser lésbico (identificar-se como mulher e ter atracção sexual por mulheres).  Aliás, se as raparigas se sentirem constrangidas, abusadas, e não quiserem ficar nuas diante de uma rapariga trans (um rapaz biológico) não lhes adianta de nada correr para os funcionários ou para o director da escola e queixarem-se, pois não há nada que eles possam fazer uma vez que, na escola, ninguém pode criticar nem dizer nada acerca da auto-determinação sexual de cada um para não ser rotulado de “transfóbico”, “intolerante”, “fascista”, etc..

Bem-vindo à Escola “pública” deste Portugal socialista.

E a coisa pode ficar ainda mais perversa se, por exemplo e à semelhança do que já aconteceu noutros países, for ordenado ao professor de educação física que vá supervisionar os balneários femininos enquanto o rapaz toma banho e troca de roupa em frente às raparigas. Em lugares mais saudáveis, homens adultos são detidos e presos por tentarem observar meninas menores de idade a trocar de roupa ou a tomar banho. Mas, em 2025, nas escolas públicas portuguesas poderão vir a fazê-lo.

E, caso o adulto destacado para supervisionar o rapagão se recuse a fazê-lo, à semelhança do que aconteceu na Chasco Middle School, em Land O’Lakes, Flórida, em 2019, a sua vida pode transformar-se num inferno por não proteger o “pobre trans” das raparigas transfóbicas que não querem ficar nuas diante dele. Demiti-lo, sob a acusação de transfobia, pode ser uma mensagem fortíssima para todos aqueles professores que ainda não dobraram os seus joelhos ao lóbi trans.

Ainda que o rapaz seja conhecido como transsexual, por afirmar que é uma menina no corpo de um menino, e de acordo com o The American College of Pediatricians [Colégio Americano de Pediatria], é abuso infantil encorajar as crianças a acreditarem que tomar hormonas do outro sexo e amputar membros saudáveis do corpo é normal, desejável e mudará de facto o seu sexo. Não mudará. Só mudará a aparência exterior. Parecerá, mas nunca será.

Antes de o lóbi político-ideológico do género ser imposto pela força de leis fabricadas na Assembleia da República e de se estabelecer como verdade absoluta e incontestável, seria óbvio para qualquer pessoa que o rapaz estava confuso e necessitava de assistência psicológica ou espiritual. Afinal, quando uma menina magra imagina que está muito gorda e começa a provocar o vómito e a passar fome, deliberadamente, nenhuma pessoa sensata encoraja a sua ilusão. Isso seria pura crueldade. Mas, estes não são tempos normais nas escolas públicas portuguesas.  

Na verdade, hoje, nas escolas públicas, o simples facto de alguém afirmar que é do outro sexo – uma espécie de “sinto logo existo” – é suficiente para levar um rapaz às casas de banho, balneários, e até às competições desportivas femininas. Sim. Cá, neste cantinho à beira-mar plantado, a Amplos – que tem promovido o transativismo deixando de fora o alerta para o fenómeno de contágio social ROGD -, já começou a abrir caminho para isso e realizou uma conferência sobre a inclusão de atletas trans no desporto escolar e de alta competição.

Pior, uma criança confusa quanto à sua própria identidade sexual pode até ser encorajada por associações e activistas lgbt+, na escola, a tomar hormonas e a mutilar os seus órgãos genitais com uma “cirurgia de redesignação de género” e a direcção escolar pode até conspirar para manter os pais na ignorância. Se pensa que isso é demasiado ultrajante, considere o caso daquela jovem que passou a ser tratada por um nome não-binário (seja lá isso o que for) e pelo pronome que escolheu, na Escola António Arroio, sem que os pais fossem informados de nada. 

Se nada for feito para retirar a ideologia de género do sistema de ensino, o que já aconteceu nos EUA, onde cerca de 6.000 escolas públicas encorajaram crianças a tomar decisões fatídicas e com impacto para o resto da vida, sem o conhecimento ou consentimento dos pais (), acontecerá nas nossas escolas.

A loucura transgénero invadiu escolas por todo o país quando a Geringonça e os sucessivos governos PS criaram leis e guiões absolutamente inconstitucionais. Urge revogar essas leis o mais rápido possível e assegurar que os activistas que dirigem escolas públicas não continuem a confundir os mais novos. Urge prevenir que, por cá, não haja professores despedidos por se recusarem a brincar com os delírios de crianças confusas ou que procuram atenção. As direcções escolares não podem continuar a incorporar a propaganda transgénero em todas as partes do currículo escolar, à semelhança do que aconteceu no condado de Fairfax, Virgínia, em 2018, onde o conselho votou esmagadoramente a obrigatoriedade ensinar às crianças que o sexo biológico não tem sentido, ao mesmo tempo que ensinava os pré-adolescentes a abraçar o transgenerismo.

A sexualização, a perversão e a confusão das crianças avançam em todas as frentes em Portugal. Dia sim, dia sim, há notícias desse facto. Por exemplo, há algumas semanas, a jornalista Marisa Antunes denunciou no seu Linkdin:

 A “novidade” desta vez vem da Escola Básica e Secundária de Miranda do Douro que vai receber hoje um grupo performativo constituído por pessoas trans que irão partilhar com crianças, a partir dos seis anos, como foi o seu processo de transição. […] «A Trans*Performatividade’ acaba por ser um projeto que pretende dialogar com as pessoas. É criado por pessoas trans, tanto na direção artística como intérpretes e restantes elementos(…)», resumiu Aura, a pessoa que lidera o projeto artístico, numa entrevista à *Lusa (https://lnkd.in/d9Wr2VWt), na altura que este foi lançado, em 2023, ainda restrito, então, apenas aos palcos de teatros. «Teremos alguns plintos colocados pelo espaço, onde o público pode interagir, sentar-se, durante a hora de espetáculo. Quando o público entra na sala, já está a acontecer, os ‘performers’ já estão a criar ações, primeiro mais individuais, em torno da sua experiência enquanto pessoa trans e processo de transição”, conta ainda Aura, na dita entrevista.

Segundo se pode ler no site da câmara de Miranda do Douro, «o projeto conta com a circulação por 6 municípios, nomeadamente Vila Verde, Vila Nova de Foz Côa, Velas, Miranda do Douro, Mesão Frio e Armamar, entre 2024 e 2025». Pode ainda ler-se, num registo mais sóbrio, que este projeto artístico «promove a igualdade de género e a sustentabilidade nas suas quatro vertentes (social, humana, económica e ambiental) através da apresentação de um espetáculo de dança contemporânea e na realização de atividades extra tais como workshops, conversas e publicação de um livro».

Este activismo em contexto escolar faz lembrar a “drag hour”, que foi introduzida em escolas de diferentes pontos do globo, Portugal incluído, para abordar a “diversidade sexual” com crianças de tenra idade.

O ataque total aos direitos dos pais e à moralidade tradicional poderá devastar uma geração de jovens. Os pais que se opõem a este tipo de doutrinação começam a não ter a opção de continuar a enviar os seus filhos para escolas públicas. A ideologia LGBT+ e a sexualização deliberada das crianças estão agora firmemente enraizadas nos currículos das nações de todo o mundo – e, em graus variados, também estão a ocorrer nas nossas escolas.

Resultado: Actualmente, só em Portugal, «há 11 pessoas a mudar de sexo no CC, maioritariamente meninas, mais propensas a fenómenos de contágio social».

Até quando?

A Associação Escolha não admite outra escolha que não a sua

Junho 05, 2025

Maria Helena Costa

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Publicado no Observador

Fui ver o vídeo e constatei que as imagens espelham claramente a realidade dos factos e que, a julgar pelas reacções, a realidade do aborto choca aqueles que o defendem.

Mais uma vez, Miguel Milhão, o homem da Prozis, despertou os censores de serviço e o ódio dos abortistas. Depois de, em 2024, durante o intervalo da Taça de Portugal de futebol masculino, ter feito passar um anúncio a celebrar o “dia da sua fecundação”, com uma mensagem anti-aborto, o fundador da Prozis volta a pagar anúncio que alerta para o genocídio de bebés.

A reacção imediata da associação pró-aborto, Escolha, foi fazer queixa à ERC. Na queixa, a associação que defende a “escolha” (de abortar) alega que «a mensagem do vídeo contém imagens que exageram o procedimento, incluindo dramatizações negativas da figura do Estado e de sangue nas mãos de profissionais de saúde».

Fui ver o vídeo e constactei que as imagens espelham claramente a realidade dos factos e que, a julgar pelas reacções, a realidade do aborto choca aqueles que o defendem. Nem imagino o que teria sido dito se o vídeo contivesse imagens de um aborto cirúrgico, um procedimento que consiste em arrancar os membros do bebé um a um, até à morte, e que depois exige que se faça um puzzle macabro com cada pedacinho, para atestar que todo o corpinho do bebé foi retirado da sepultura, perdão, do ventre materno.

E antes que comece a argumentar que o aborto já não é tão violento, porque o método mais usado é o medicamentoso, como se a forma como se mata alguém mudasse o acto em si e o tornasse aceitável, deixe-me dizer-lhe que nos Estados Unidos pós-Roe, já se descobriu que os medicamentos abortivos não são seguros e que prejudicaram milhares de mulheres e meninas – nalguns casos, fatalmente – que a taxa de complicações com pílulas abortivas é quatro vezes maior que a de um aborto cirúrgico no primeiro trimestre[1] e que há complicações graves que incluem hemorragia, infecção e gravidez ectópica não diagnosticada.[2]

Alerta feito, voltemos ao vídeo do momento.

Apesar dos movimentos abortistas quererem impor a lei da mordaça aos pró-vida, o debate sobre o aborto deve ser retomado, pois é um debate sobre a verdade. A verdade moral não é apenas uma escolha, como escolher um prato de carne ou um prato de peixe. A verdade moral é real e passível de ser conhecida. O debate é sobre a dignidade humana: sobre o valor que você e eu possuímos pelo que somos intrinsecamente e não por aquilo que fazemos ou pelo tamanho que temos. O debate nem sequer é complexo. Ou acreditamos que cada ser humano tem direito à vida ou não acreditamos.

Os cristãos pró-vida têm uma resposta: apesar de divergirem nos respectivos estágios de desenvolvimento, os seres humanos são iguais porque partilham uma natureza humana comum – fomos criados à imagem do nosso Criador – e, por isso, os seres humanos têm valor pelo simples facto de serem humanos.

Críticos seculares, pró-aborto, como David Boonin, têm uma perspectiva radicalmente diferente. Boonin, autor do livro Uma defesa do aborto, oferece-nos esta ilustração absolutamente desoladora:

Sobre a mesa do meu escritório, onde a maior parte deste livro foi escrita e revista, há diversas fotografias do meu filho, Eli. Numa delas, ele está a dançar alegremente sobre a areia ao longo do Golfo do México, com a brisa leve do oceano a bagunçar o seu cabelo fino. Noutra, ele está sentado na relva do quintal dos seus avós de forma um tanto desequilibrada, ainda a tentar dominar a habilidade se se sentar sozinho. Na terceira fotografia, ele tem apenas algumas semanas, e agarra-se firmemente aos braços que o seguram. Ainda está a usar o pequenino gorro que serviu para o manter aquecido assim que saiu do hospital. Através de todas as mudanças impressionantes que essas fotografias registam, ele inconfundivelmente permanece o mesmo rapazinho. Na gaveta superior da minha mesa, guardo outra fotografia do Eli. Esta foi tirada […] 24 semanas antes de ele nascer. A imagem da ecografia não é nítida, mas revela, de forma suficientemente clara, uma pequena cabeça levemente inclinada para trás, e um braço erguido e curvado, com a mão a apontar na direção do rosto e o dedão estendido em direção à boca. Não há nenhuma dúvida na minha mente de que esta imagem, também, mostra o mesmo rapazinho num estágio bem anterior do seu desenvolvimento físico. E não restam dúvidas de que a posição que eu defendo neste livro implica que seria moralmente permissível acabar com a vida dele naquele momento.[3]

Trágico! Como se sentirá aquele rapazinho quando souber que o seu pai o eliminaria sem qualquer remorso naquela fase do seu desenvolvimento?

Boonin defende que apesar de sermos idênticos ao embrião/feto que uma vez fomos, ou seja, que nós éramos os mesmos tanto naquela fase do nosso desenvolvimento como agora, isso não significa que, naquele momento, possuíssemos o mesmo direito à vida que hoje temos. Para ele, o ser humano não tem nada de especial, nada que o diferencie de um rato ou de uma barata, o que quer dizer que o seu direito à vida não existe ou é um mero acidente e que o direito à vida só passa a existir quando possuímos algumas características que os embriões/fetos ainda não possuem.

Então, o que é que nos torna iguais? Se os seres humanos só têm valor intrínseco e direito à vida, por causa de alguma característica que possuem em diferentes estágios do seu desenvolvimento, aqueles que têm essa característica mais desenvolvida têm mais valor e mais direito à vida do que os que têm menos dessa característica?

Como cristã, defendo que a visão pró-vida, baseada na Bíblia, explica a igualdade humana, os direitos humanos e as questões/obrigações morais muito melhor do que a visão progressista/secularista. Quando os defensores da vida afirmam que o aborto à la carte tira, injustamente, a vida a um ser humano indefeso, não estão a dizer que não gostam do aborto. Estão a afirmar que o aborto é objectivamente errado, independentemente de como uma pessoa se possa sentir acerca dele.

Quando os defensores do aborto argumentam: “Se não gosta do aborto, não aborte”, estão a mudar a observação de uma verdade objectiva para uma mera preferência do pró-vida, como se ele estivesse a falar do que gosta em vez daquilo que é verdadeiro. Essa é uma falsa questão, que urge desmascarar. Os defensores da vida não são contra o aborto porque acham que é desagradável; eles opõem-se ao feticídio (este é o verdadeiro nome a dar ao aborto) porque viola princípios morais racionais. Gosto da forma como J. Beckwith desmonta a falácia:

Imagine que eu dissesse: «Se não gosta da escravatura, não tenha um escravo.” Se eu dissesse isso, você imediatamente iria perceber que eu não captei verdadeiramente o porquê de as pessoas acreditarem que a escravatura é errada. Não é errada porque eu não gosto dela. É errada porque os escravos são seres humanos com valor intrínseco, e, por natureza, não podem ser propriedade de outro ser humano. Se eu gosto ou não da escravatura não é relevante para a questão de ela ser ou não errada. Imagine outro exemplo: «Se não gosta de violência doméstica, não bata na sua mulher.» Novamente, o erro da violência doméstica não depende das minhas preferências ou dos meus gostos. Na realidade, se alguém afirmasse gostar de violência doméstica, nós diríamos que essa pessoa é má ou doente. Não iríamos ajustar a nossa visão sobre a questão e dizer: «Bem, eu acho que a violência doméstica é certa para si, mas não para mim.[4]

O cristão pró-vida não está a declarar as suas preferências. Ele está a dizer o que é certo ou errado independentemente dos seus gostos ou desgostos.

Afirmar que “um embrião/feto é um sujeito humano com direitos” não é mais religioso do que afirmar que não é. As duas afirmações envolvem compromissos filosóficos prévios. O nosso trabalho é mostrar qual delas explica melhor o valor da vida, a dignidade e a igualdade humanas.

Voltando ao vídeo do Miguel Milhão, a figura do Estado e o papel que desempenha na questão do aborto não é uma dramatização negativa, mas sim um choque de realidade. Ou o Estado de direito reconhece que os nascituros são seres humanos valiosos e protege-os, ou não os reconhece como tal e emite leis para legalizar a matança dos inocentes às mãos de profissionais de saúde que, sim, têm sangue nas mãos.

O valor da vida e a sua inviolabilidade não podem ficar reféns de maiorias parlamentares nem de referendos. Cada morte por aborto é uma lamentável tragédia.

Se a lei do aborto for revogada, e eu tenho esperança de que venha a ser, as mulheres não serão obrigadas a fazer um aborto ilegal; elas escolherão abortar. Como pró-vida, lamento a morte de qualquer mulher (e a do bebé abortado) por causa de um aborto, mas rejeito a premissa de que as mulheres precisem de fazer abortos ilegais. Imagine que a lei é revogada em Portugal e que os nascituros passam a ser protegidos. O que é que nos leva a acreditar que uma mulher que deseja fazer um aborto não pode refrear-se e optar por não o fazer? Será que temos uma visão tão miserável acerca das mulheres? Será que não as estamos a rebaixar?

Termino com as palavras de Gregory Koukl:

Enquanto o aborto for ilegal, uma mulher é tão forçada a abortar numa viela quanto um rapaz é obrigado a assaltar bancos porque não recebe benefícios do Estado. Ambos têm outras opções.


[1] Instituto Charlotte Lozier, “Aborto químico: FDA ignora ciência e dados ‘inconvenientes’ que confirmam ameaça à saúde pública”, 16 de dezembro de 2021, https://lozierinstitute.org/chemical-abortion-fda-ignores-inconvenient-science-and-data-confirming-public-health-threat/ (acessado em 25 de janeiro de 2025).

[2] Associação Americana de Obstetras e Ginecologistas Pró-Vida, “Perigos do relaxamento das restrições à mifepristona”, Parecer do Comitê Número 9, atualizado em julho de 2022, https://aaplog.org/wp-content/uploads/2022/07/CO-9-Mifepristone-restrictions-update-Jul-22.pdf (acessado em 25 de janeiro de 2025).

[3] BOONIN, David. A Defense of Abortion, Cambridge: Cambridge University Press, 2003, pp. Xiii-xiv.

[4] OLSON, Carl E. The Case Against Abortion: Na Interview with Dr. Francis Beckwith, Author of Defending Life.Ignatius Insight, janeiro, 2008.

É HORA DE ARRANCAR AS MÁSCARAS

Junho 04, 2025

Maria Helena Costa

Por Marisa Antunes

Os fundos comunitários tornaram-se a mina de ouro que alimenta o monstro da pandilha promotora da “identidade de género”, um conceito inteligente feito à medida para enganar papalvos sob a capa da “inclusão”, mas que não é mais do que uma máquina destrutiva de jovens mentalmente vulneráveis. Muitas destas jovens vítimas sofrem de comorbilidades várias como homofobia internalizada, dismorfia corporal, traumas sexuais, ADHD, autismo (muita atenção aos psicólogos ativistas que lidam com os neurodivergentes), etc e, não são trans, longe disso, mas graças ao “inclusivo” e muito difuso conceito de “identidade de género”, acabam por cair nessa castrante armadilha.

Pensem, por favor, comigo: onde estão a Amplos, a omnipresente psicóloga Paula Allen, com ligações à Plano I, à Casa Gis (e várias outras ramificações), a psiquiatra Irina Gorgal Carvalho, do Centro Hospitalar do Porto, a CESPU* (uma cooperativa de ensino politécnico privado) que coordena esta “conferência” (onde conseguiu o feito de reunir só transativistas) e outros que tais, nos alertas do Cass Report, replicados em todo o mundo, quanto à “toxicidade ideológica” da medicina de género?
Se esta gente está tão genuinamente preocupada com as crianças e jovens em questionamento identitário, não fariam algum trabalho público decente, em prol das crianças e jovens, se alertassem para o facto, amplamente noticiado, que muitas delas estão apenas em contágio social e andam a ser mutiladas indevidamente?

Porque será que na sua infinita bondade, ao promoverem a “diversidade sexual” e os “caminhos da inclusão”, não lhes ocorre, em momento algum, dizer – “atenção, é preciso respeitar as minorias, sim, mas há um bando (gigante) de malfeitores que anda a tirar partido da vulnerabilidade dos miúdos e tudo levam nessa rede”? Nunca lhes ocorre fazer esse enquadramento, deixar esse alerta? E atenção, muitos deles são psicólogos e psiquiatras, têm o compromisso ético de cuidar, sem magoar, os seus pacientes…
Sendo estas associações pagas por todos nós, não deveria ser essa também a sua função??? Em intervenções passadas, NUNCA, o fizeram. Veremos como corre esta conferência na próxima quinta-feira.

Relembro: antes da lei da autodeteminação de género aprovada pela Esquerda, em 2018, existia, em média, uma pessoa a mudar de género no CC, por semana. Atualmente, são 11, maioritariamente meninas, mais propensas a fenómenos de contágio social.

Obrigada, Ligia Albuquerque e Castro, pelo alerta pertinente! É extraordinário que tenha de ser a sociedade civil a alertar para o que está a acontecer enquanto a media “mainstream” finge que nada se passa….

https://lnkd.in/dmA_DjYm

https://lnkd.in/dCRk7XcZ

https://lnkd.in/datfSHKi

Tema: Ideologia de Género – Fundos e Financiamentos
PARA ONDE VAI O DINHEIRO?????

Plano de Ação para as Comunidades Desfavorecidas do PRR

Com uma dotação de 121,5 milhões de euros, o plano será implementado, entre 1 de janeiro de 2022 e 31 de dezembro de 2025.

Mais uma vez com a participação da AMPLOS e do PLANO i (famílias arco-íris) – Campus Universitário de Gandra.

O programa inclui conferências, mesas-redondas e workshops sobre temas como diversidade familiar, saúde mental em populações LGBT+, desigualdades de género e o papel das autarquias no apoio às famílias.

A sessão de abertura contará com a presença de representantes institucionais, entre os quais Almeida Dias, presidente da CESPU, e Beatriz Meireles, vereadora da Câmara Municipal de Paredes.

Este é só um pequenino exemplo.

Enquanto isso, fecham-se maternidades.

Enquanto isso, a mortalidade infantil aumentou em Portugal.

https://lnkd.in/d2adtban


https://lnkd.in/deDpBzdS

A VITÓRIA CONTRA A IDEOLOGIA DE GÉNERO É O ELEFANTE NA SALA?

Junho 03, 2025

Maria Helena Costa

Por Marisa Antunes

É a economia, a imigração descontrolada, é o voto de protesto, é sabe-se lá que mais, mas neste cantinho do meu linkedin, numa amostra que é só minha e vale o que vale, posso partilhar com quem me lê, que a vitória da Direita como um todo, foi aplaudida também por muitos daqueles que votaram contra a ideologia de género. Uma ideologia que a Esquerda infiltrou em instituições como as Escolas, os hospitais públicos, as universidades, as Ordens dos Psicólogos e dos Médicos, etc… São pessoas de todos os quadrantes políticos, algumas até de Esquerda e que de uma forma direta ou indireta, se viram subjugadas à tirania woke imposta à sociedade pelo governo de Costa e da Gerigonça durante oito anos e que a AD não teve tempo de limpar.
Pais cujos filhos se converteram ao dogma trans por recreação própria, pais cujos filhos têm colegas que se converteram ao dogma trans por recreação própria e receiam que aconteça o mesmo aos seus filhos, professores obrigados a alinhar com as diretrizes ideológicas das direções escolares, psiquiatras e psicólogos que exercem a sua profissão como deve ser, mas receiam ser reportados pelos seus jovens utentes como transfóbicos ao tentarem apurar as causas reais da disforia, pessoas que já perceberam a dimensão deste absurdo e não querem pactuar com a Esquerda… Enfim, é um fenómeno muito similar ao que aconteceu com os Democratas e o Trump.
Aconteça o que acontecer, faça a AD as parcerias que fizer para governar, não creio que estas pessoas irão tolerar que as escolas continuem a doutrinar ideologicamente os seus filhos, dizendo-lhes que os miúdos se devem encaixar em pseudo-perfis absurdos e que vão desde o “não-binário” (porque se sentem “fluídos”…) ao “gender non conforming” (porque gostam de vestir roupa “neutra”…) até ao “transgénero” por auto-determinação, porque, supostamente, resolvem “identificar-se” com interesses do sexo biológico oposto, fazendo-se uma terrível e perigosa salgalhada com estereótipos e orientações sexuais… Esperemos, pois, que Luís Montenegro não tarde a limpar as aulas de Cidadania de todo o conteúdo ideológico e cancele, de uma vez por todas, o manual “Direito a Ser nas Escolas”. Os pais e os seus filhos estarão atentos.

Mais fotos da “aula” na escola secundária Inês de Castro, aqui:
https://lnkd.in/dX7hiJAq

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